Parece que fechou-se o portão
Dos ímpetos, dos ideais, da aventura
Parece que mataram o supetão
E trancaram com cadeado a aventura
O instinto domaram com televisão
Meu sorriso com censura
Algemaram para sempre meu coração
E massacraram a ternura
Os valores encarceram na prisão
A honra hoje ninguém atura
Plastificaram meu último tesão
E caçoam da minha bravura
Querem apagar a luz do homem são
E implantar a lei da usura
O dinheiro que nunca troca de mão
Não há criador só criatura
Mas um dia eu meto um bofetão
E mando prender a viatura
Eu entro no tribunal nu como Adão
Ainda por cima de pica dura
sigmontemor@hotmail.com
22/07/2007