A geometria precisa do poeta
para que este transforme em grito
o desespero que o triângulo,
que o triângulo, por exemplo,
sente quando alguém deixa de associá-lo
originalmente a uma vagina
que no fundo é também um inusitado,
rachado ou taquariano instrumento de música,
para fazer com que o mesmo adquira,
contra sua calada mas inconsentida vontade,
ocultistamente o sentido de elo de ligação
entre o barro modificado e o pseudo-divino
entenda-se, entre o humano e o luciférico,
ou melhor, e o luciferino...
Por: José lindomar Cabral da Costa
joselindomnarcabraldacosta@yahoo.com.br