O cachorro rasgado no asfalto sujo
A buzina do carro impaciente
A escarrada pelo vidro
A bituca rolando para a guia
O céu cinza
O ar imundo
Árvores sufocadas
Poluição visual
O rio fétido, pútrido, morto
O caos do trânsito
Manchetes de chacinas nos jornais abertos nas bancas
Uma pesada tristeza e desesperança conformada pairam na metrópole subjugada
A prostituta velha voltando bêbada para casa
O moribundo deitado na calçada
O moleque descalço escancara um sorriso apesar dos dentes podres
Ainda há um brilho intenso em seus olhos inocentes
sigmontemor@hotmail.com
25/04/2007