Os dias da existência são tão fugazes!
As nossas produções são tão fúteis.
O homem busca o sentido da vida obscura,
E não encontra nenhum ânimo em nossas teorias.
Como o mundo e as coisas que nele exitem são relativos!
O belo é o feio de um,
O ruim é o bom de outro.
A physis dos pré-socráticos é o nada dos céticos.
Vede como o homem é tudo!
Vede como o homem é nada!
Para tudo tem uma explicação,
Mas a nada sabe responder.
Leio e nada aprendo.
Folheio páginas e tudo sei.
Aos poucos, em minha aflição,
Decubro que tudo é um sonho;
Vislumbro que a realidade é outra.
E se me resta dúvida, a quem devo recorrer?
Ora, os homens de nada sabem
O que dizem é mero impulso da intuição.
Quando precisar de respostas,
Vou buscá-las em minha anima.
O homem é diferente das outras criaturas
Ele sabe pensar.
Mas por que o homem mente?
Ele não sabe a verdade?
Sim! O homem sabe a verdade.
Mas ele teme a realidade!
Por isso cria teorias e tratados para aliviar a dor.
O homem é covarde consigo. Foge da obscuridade da existência.
E por que os maus vencem, em vez dos bons?
Ah! Como é difícil entender os trilhos seguidos por esta vida!
Os assasinos estão soltos
E os famintos axadrezados como zebras ociosas a pastar.
Sei que há justiça
E sei que esta há de gritar mais alto.
Acredito na liberdade
E sonho esta um dia abrir suas asas.
Sei de tudo
Ou não sei de nada?
Como o homem é antagônico!
Como tudo é relativo!
Sei de tudo.
Sei de nada.
Conheço tudo.
Conheço nada.
Tenho certeza, mas duvido.
ronyere-dp@hotmail.com
20/03/2011