Eu sou um telefone público...
Num choro nada lúdico!
Um dia, fui um aparelho importante...
Unindo pessoas de um lugar distante...
Mas, hoje me sinto desprezado...
Porque fui deixado de lado!
Parece que todos só utilizam celular...
Em qualquer minuto e em todo lugar!
Usam celular até numa hora de escândalos...
E eu fico só, sendo vítima de vândalos!
Enquanto fico abandonado ao léu...
Transformam-me em anúncio de motel!
Colocam propagandas de bordel...
Dentro de mim e ao meu redor...
Vejam que destino tão cruel...
E não poderia ser pior!
Perdi minha melhor amiga,
Que era a ficha de metal...
Entre nós não havia briga...
Só um amor puro e natural!
Agora, estou só ao relento...
Pois fui substituído pelo celular...
Apenas recebo o carinho do vento...
Numa noite mágica de luar.
corepoesia@yahoo.com.br
9 de Abril de 2012