Arranca-te do meu céu!
O que queres tu de mim?
Por que vens me perturbar?
Tu que trazes o calor contigo, vai-te embora daqui.
Pare de derrubar os fracos,
Chega de enganar os cegos!
E não rias mais de mim.
Não rias daqueles que se inclinaram por fraqueza.
Fecha logo esses teus olhos azuis,
Vai embora, para que as folhas possam cair,
Para que mudem as estações.
Vai bater tuas asas bem longe de mim.
Atravessa este mar, e me faça um favor:
Vê se morre afogada.
Tenho medo de aves.
E quem não tem?
Calma, ainda é dia.
A luz já vem.
O dia traz a luz, com a luz a ave vem.
Mas isto não é novidade, que ave que o dia não tem?
As aves reinam no céu. No pensamento, a liberdade.
Vai-te embora, ave, e deixa eu falar a verdade.
ricardo2005_15@hotmail.com