O que é o errado se não a afirmação
Do que pensamos ser o certo.
Do contrário, quão direto seriam as
Coisas intediantemente irrefutáveis
Inevitavelmente, ao decorrer do tempo, dispensáveis.
Do que valeria a vida
Se soubessemos o seu “irá acontecer”?
Não haveria sentido.
Ao menos que fossemos,
E muito assim os somos,
Covardes e mediocres em viver.
Basta-nos e sacia-nos olhar a vida pela janela
E vê-la passar ferozmente, sentindo apenas seu cheiro?
Não obstante, do que vale dizer
Belas palavras e não vive-las.
Levando em conta, e desafio quem me prove o contrário, de
Que possuimos apenas uma vida e a
Jogamos no lixo da história.
Então como devemos viver?
Talvez numa lógica sem que haja lógica
Numa razão sem que haja razão
Numa constante curva, nunca em linha reta
No desprazer do prazer
Numa moral própria, que atenda nossas
Individualidades e não uma moral que
Nos é imposta.
Enfim, viver a vida, como dizia Raul Seixas,
Numa Metamorfose Ambulante.
Alan Daniel de Brito Mello
alanbrito@bol.com.br
05/08/2008