O mundo paralelo e mágico das canetas
para o poeta
é tão embaçado e distante da Medusa,
leia-se, da Realidade
quanto o universo dos brinquedos
para as crianças...
De modo que, quando entro nele,
e durante todo o tempo
que permeneço no vasto território
virtual e esferográfico do mesmo,
atirando, entrementes, em alvos reais,
e geralmente vivos,
tudo à minha volta, inclusive esposa
e filho, se tornam inaudíveis e invisíveis
como se os ouvidos houvessem
me abandonado e as retinas se tornado
pára-brisas (está sempre chovendo intensamente
quando escrevo
ainda que tal chuva seja metafórica e interior)
que passam a me fornecer zero visibilidade...
Não obstante, é muito divertida e purgativa
a arte da escrita...
joselindomarcabraldacosta@yahoo.com.br
Parnamirim - 16/07/2007