... ora essa, sai pra lá com essa conversa aleijada
(digo, ‘aleijada’, em vez de dizer simplesmente
sem pé
nem cabeça)...
É melhor ser saltimbanco e fazer do acaso uma
postura de vida a partir do perigo: viver sempre
à beira, inclusive do abismo e da loucura que se deixa
controlar, desde que o artista seja não-pseudo
entenda-se, portador do fogo roubado por meio
do qual ela – a loucura – é alquimicamente transformada
em arte, que é algo que podemos chamar de o ouro
dos sábios, que é aquele que os tolos (com suas bocas
infecháveis devido ao número excessivo de dentes)
não produzem e desconhecem...
Sim, leitor, é melhor ser saltimbanco, e inspirar
ditirambos movidos nietzschianamente a haxixe
e a dores sifílicas, e amar o risco, a adrenalidora
possibilidade em aberto de a qualquer momento
despencar da corda bamba e ser sepultado, vejamos, pelas
próprias mãos do falastrão Zarathustra, por exemplo...
(Claro que não estou aqui a referir-me ao reinado infinito
ou sacerdócio eterno: aquele que é segundo a ordem
do não-humano e imortal – e imortal até mesmo fisicamente –
Melquizedeque, pois a alma dos homens aos quais Deus
liberta da morte que se herda de Adão, ou seja, a alma
dos reis e sacerdotes da Sião Cima ou Jerusalém do Alto
veste-se de uma túnica de luz mais branca e brilhante
do que a neve ao meio dia, e diante destes, quem é, por exemplo,
a rainha Elizabeth II, espiritualmente falando, a não ser uma
hematófaga, orgulhosa e repleta de preconceitos
Iguana-Ninguém, que além de haver mandado assassinar,
secreta e preventivamente, Diana, que estava grávida,
para que o reptiliano futuro rei inglês, seu neto, não corresse
o risco de vir a ter um meio-irmão de sangue vermelho
e ascendência árabe ainda por cima...
Sim, leitor, além disso, a referida, escamosa e assassina
soberana dos ingleses é possuidora de uma alma NEGRA,
que nunca renasceu, nem renascerá jamais,
alma moribunda e que, portanto,
não possui, como se costuma dizer, o que o periquito possa roer,
alma morta-viva, que anda nua, com uma mão na frente
e outra no trazeiro, procurando, em vão, esconder/proteger,
anal e vaginalmente, da fúria libidinosa, priapiana e estrupadora
de Satanás as suas flores já despetaladas em excesso
– a do parque-da-frente e a do parque-de-trás –
como diriam poeticamente os chineses,
uma vez que é assim – floralmente – que eles denominam,
de maneira metafórica, o ânus e a vagina...)
Por: José Lindomar Cabral
e-mail: cabraldacostajoselindomar@yahoo.com.br