Hoje vou morrer...
Não de tristeza, mas de passagem
Apagar em segundos,
Renascer em um novo mundo;
São tantas idéias , inspirações
lembranças...
Vou me perder entre papéis,
Brincar de esconde-esconde com as idéias,
E deixar de amar pessoas incomuns:
"- O mundo está cheio delas"
E eu, também,
Alguém cujo sorriso
Apresenta uma 3ª má intenção embutida
E cuja vida, é um desastre.
Hoje vou correr entre as flores,
Sentir o gosto doce da aurora,
Correr para água...
Pintar um arco-íris,
Deixar que o mundo gire
Como a muito tempo não fazia.
Aprendi com a paciência,
Que não existe tão bela inocência
como a nossa;
Somos capazes de fabricar um mundo
Quando amamos alguém,
E tudo é bom, e tudo é tão rápido,
E tudo isso não passa de nada.
Nada além de você , e sua pobre ilusão.
Seu coração e corpo fechados
Com a chave perdida na bagunça,
Na bagunça do seu quarto.
Te amei como um bicho
Encomendei minha morte sem saber
E se, as palavras não existem mais,
se elas fogem,
Foi porque você as deixou escapar,
Por uma janela de fogo.
Te quero longe, amigo
Longe de mim , longe da minha inútil existência
Hoje vou brincar na chuva
Sentir a água escorrer entre os dedos,
Assim como senti minha vida...
E, em relação as despedidas,
Nada além de curvas
Difíceis de contornar
Como o nome a dar
A essa inútil poesia.
Janeiro de 2005
deibbypetzinger@bol.com.br