Era uma vez uma caixa ,
De fósforos carmins ,
Pequena e muito baixa ...
Mas com sonhos sem fins !
Ela queria ser caixa de música ..
Com uma bailarina lúcida ..
Dançando numa melodia ..
Repleta de harmonia !
Um certo dia , um bom querubim ..
Chegou perto desta caixa carmim ..
E muito nervoso e aflito ..
Pediu um magro palito ...
Para acender uma vela ...
Numa oração singela !
A caixa emprestou o palito ..
A este anjo doce e infinito !
Então através de um beijo ..
Ele realizou seu nobre desejo ..
E caixa prestativa e ativa ...
Recebeu uma recompensa viva :
Ela virou uma caixa de música ..
Com uma bailarina lúdica !
Assim com inseguranças , receios e medos ...
Ela juntou – se aos brinquedos !
Mas esta caixa suave como a brisa ..
Só tocava a música : Para Elisa !
E os outros brinquedos com espíritos de satanás ..
Diziam que aquela era a melodia do caminhão de gás !
A bailarina queria fazer sucesso com sua maestria ...
Mas era a Barbie quem sempre desfilava e aparecia !
A caixa de música chorou no meio do nada ...
Porque estava muito decepcionada ..
E queria virar caixa de fósforos novamente ...
Pois com os palitos poderia acender uma mente ...
Assim passou o querubim da vela ..
E vendo o sofrimento da bela ..
Transformou a linda caixa de música ...
Em uma caixa de fósforos lúcida.
Por Luciana do Rocio Mallon
corepoesia@yahoo.com.br
data de criação: 23 de Novembro de 2009