Tu, que abrandas as mágoas tardias
Deste meu frágil peito emurchecido,
Tu, que dás vida, cor alma e sentido
A nebulosa nódoa de meus dias;
Tu, que me és na vida o bom messias
De quem anseio o abraço tão querido;
Tu, que revives-me um Amor banido
Pela indolencia vã das frases frias;
Tu que meus olhos ébrios, indulgentes
Replenas de um pranto alegre e vivo,
Bem sabes que estas dores indecentes,
Que os ouvidos te gastam sem motivo,
Apenas são expressões inconsequentes
De quem da tua vontade está cativo!...
Queiroz Filho, J.
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data de criação: 2005