For Hernest Heminguay
He was old man
who fished alone
O mar é sangue translúcido
E purificado
Dos seres sacrificados
Dos náufragos e devorados.
Banhar-se e navegar
É mergulhar na história
Da gênesis;
É romper feito quilha
Um mar de almas,
uivos de Cérbero,
para seu prelúdio.
Não vejo água,
Vejo vida.
Vejo um caldo de ácido coloidal
das vidas ali reunidas.
Há bem pouco tempo finitas,
em menos tempo surgidas.
As vidas partidas,
Os vasos rompidos,
O ciclo permanente,
Neteme.
Flutuo sobre a vida,
Saravá
Iemanjá me inspire!
E que me carregue de uma vez
O Canto das Sereias
Para mares e terras distantes
De paz e beleza sem fim.
escritorsemeditora@hotmail.com
2004