Mãe, morada primeira do ser que se candidata à vida. Tabernáculo de admissão ao mundo, onde a alma ganha corpo e este a liberdade: laboratório de Deus.
Mãe, braços quentes, colo farto, serenidade e amor. É o elo que liga a corrente da união que gera força. Criatura frágil que traduz o mistério da vida no ventre e deixa-se fortalecer na grandeza da maternidade.
Mãe, missionária aventureira das poeiras do passaporte da vida. Calor que faz pulsar corações, nas oficinas mecânicas de suas entranhas: doce milagre de oferecer o conforto da possibilidade de existir.
Mãe, altar edificado no desencontro, especialista da seção de achados e perdidos. Estandarte branco da paz pendurado na janela do perdão. Companheira anônima na estrada sem retorno do amanhã.
Mãe, você plantou esta flor que hoje lhe oferecemos, no seu Dia. Tivemos a alegria de trazê-la, é homenagem com cheiro das manhãs radiosas que você regou de lágrimas, orando por nós. Deus ouviu. Ele escuta as mães que oram com fé. A resposta está aqui, porque viver é uma graça, é um milagre. Estamos vivos e com saúde para abraçá-la.
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2000