Lá vai o jovem brasileiro,
Tentar ganhar mais dinheiro.
Sem emprego em seu país,
Tenta a sorte por chamariz.
Segue a rota num comboio,
Enfrenta o seco rude deserto.
Mesmo sendo mais esperto,
Nem sempre lhe dão apoio.
Nunca sabem o que o espera,
Nessa sua longa caminhada.
Ao transpor aquela rude terra,
A incerteza que nela encerra.
São vítimas e holocausto,
São perseguidas por coiote.
Que os levam até a morte,
Nem sempre tem muita sorte.
Isso é América do Norte,
Como América Central.
E ainda América do Sul,
É a grande falta de amor.
Jovens que procuram a sorte,
Mesmo enfrentando a morte.
No gélido deserto do norte,
Não há ninguém que importe.
Florianópolis, 14 de março de 2005.
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