Gosto de semear o bem...
Nesta terra de ninguém!
Semeei no deserto...
Sem ninguém por perto...
Num oásis selvagem...
Na bela paisagem!
Mas fiquei de olho no besouro,
Que queria destruir meu tesouro!
Gosto de semear o bem...
No mundo do além!
Semeei o bem no jardim...
Entre a rosa e o jasmim!
Mas tinha uma erva danosa...
Muito ruim, má e perigosa...
Porém usei agrotóxico...
De um jeito lógico!
Até para semear o bem...
Tenho que usar veneno...
Por mais que eu esteja zen...
Há gente com coração pequeno!
Tratei de semear o bem...
No cemitério, terra do luto...
Com o brilho de Belém...
E com o melhor adubo!
Porém uma ave malvada...
Quis roubar minha semente...
Mas ela estava envenenada...
E matou o pássaro demente!
Até para semear o bem...
Tenho que usar veneno...
Nesta terra de ninguém...
Onde o coração não é sereno.
Luciana do Rocio Mallon
corepoesia@yahoo.com.br
29 de Dezembro de 2010