Quando estou com muitas tarefas...
E com angústia na pressa demais...
Nem as forças de mil profetas...
São capazes de trazer-me paz!
Coloco o meu corpo em movimento...
No controle do meu piloto automático...
Assim qualquer tipo de sentimento...
Torna-se rápido e lunático!
Desligo o fogão a gás...
Não sei se acendi a luz...
Perco o meu lenço lilás...
Esqueço-me da própria cruz!
Faço ações com espírito de rotina...
Não lembro-me se fechei a porta...
Não consigo sentir o cheiro da latrina...
Apenas sinto-me torta e morta!
Meu espírito baila no ar...
Sem minha mente perceber!
A rapidez é um grande mar,
Onde me afogo no amanhecer!
No piloto automático e mágico...
Minha alma é um avião veloz,
Que se move de um jeito fantástico...
Sem escutar a mais íntima voz...
Porque a correria do dia-a-dia...
Debocha da suave harmonia.
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15 de Julho de 2012