É desejo de morrer
Sentindo tudo utopicamente
Não vendo luz alguma
Querendo ser tragado pela morte súbita e covarde
Só para não dizer-se fraco e maldito
É ter medo de encarar a mais cruel verdade
Da falta de sentido da vida
Da maldade natural do mundo
De está num inferno frio e despercebido
Saber que pessoas vivem felizes apenas por serem ingênuas
Ou aceitarem as máscaras que o mundo exige
A solidão só pertence aos que não suportam a realidade maquiada
Ou aos egoístas, seres que a própria solidão ignora, só os mantêm
E quando não temos mais ideal, nem fé
E o coração pulsa não querendo mais pulsar
A força vital se esvai por si
A tristeza toma conta da alma
E o fim da vida chega
Mas ninguém percebe
Porque mesmo quem odeia mascaras tem que usá-las
A morte se apossa da vida e o sorriso permanece ou não
Mas a alma está perdida para sempre
E se o pulso ainda pulsa,
O fim é uma questão de tempo
flamarion1983@hotmail.com
8 de agosto de 2006