Não lembro quando fui livre!
Se já me libertaram, não sei!
Já mensurado foi meu valor
como mercadoria “sem valor”!
Nos dias primitivos;
talvez não.
Ou sei lá; diz o tempo...
Pro meu bem contratempo!
Fui continentalmente
propagado;
comercializado;
demonizado;
enfogueirado;
martirizado;
sacratizado;
estou em todas
as classes sociais.
No bem;
no bom;
no melhor;
no mal ou pior!
Nos tronos,
nos troncos,
palácios;
oratórios e berlindas;
casas-ruas,
mercearias,
bares, albergues e meretrícios.
Não sei quem há de ouvir meus gritos!
Se estive?
Quando?
Onde?
Pra quê?
Lá, e agora aqui.
Amanhã talvez no além.
Que além?
Meu ou de quem?
Certo estou que sou pó
e algo mais precioso,
Obra e templo do Santo Glorioso.
perito1@r7.com
2009