Ele vai ser o primeiro
Astronauta brasileiro
A chegar no espaço
Só mesmo pelo braço
Do pobre brasileiro
País pobre sem esnobe
O astronauta que sobe
E o pobre que desce
No buraco da pobreza
Isso eu tenho certeza
Para o pobre só sobe
Obrigações tributárias
Na economia é um peso
No alarde do governo
Pobre que vive enfermo
Nem sabe o que fazer
Para melhor viver
Quem sabe para morrer
E lá o pobre que sobe
Logo chega no céu
Ou vai para o limbo
Cumprindo sua sina
De um pagão sem batismo
Quanto custa um astronauta
Sem domínio da tecnologia
Isso é mesmo uma ousadia
Cuidado com o coração do país
Pode sofre de taquicardia
Com toda essa euforia
Somos pobres inteligentes
Faltam pessoas coerentes
Para serem os gerentes.
São José/SC, 26 de março de 2.006.
morja@intergate.com.br