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Perdição - de Flamarion MS Ferreira |
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Apaixonado Enlouquecidamente Sabendo da total ou parcial destruição Se da concretização dos desejos Eu a quero tanto Que nem mais sei o que é moralmente correto Só sei que quero Com a mesma paixão de um suicida Com a mesma voracidade de um tigre Com a força de um vulcão É uma doença? Um vício? Alguma anormalidade? Ah! Eu a quero como nunca quis ninguém E nem nunca quererei A quero com gosto de eternidade Com a intensidade de mil orgasmos múltiplos Com a pureza de uma fonte em bonito Ah! Loucura que me possui Que me envolve E me consome Que muito me destrói Que me atormenta Deixa minha alma irritada E, de repente, me acalma com a rapidez da luz Ah! Dor que me maltrata Uma paixão com sabor de Amor Platônico Apaixonei-me mil vezes Sempre fui tão calculista Tão racional Tão frio Nunca fraquejei Por que me acorrentei assim Com a dureza de um diamante perfeito Eu simplesmente tive minha alma seqüestrada Por uma alma tão jovem Sem experiência Por que, Deus? Por que pulo sabendo do tombo? Por que sofro por vontade? O que tanto me encanta? A impossibilidade? A incerteza? A dificuldade? A beleza? O desejo? O tesão? Tudo isso junto? Ah! Que sina triste Ter paixão assim Tenha pena de mim! Sou jovem, sou voraz Mas me perdi Por um belo olhar Um sorriso que consegue me fazer tremer Um andar que me alucina e me seduz Ah! Como saio dessa? Se nem quero Sei que será minha perdição Mas, mesmo assim, entrego minha fiel e desmedida paixão.
2002 fmsf@elo.com.br |
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