Fecharei a boca,meu coração.
Deixe-me lamuriar.
Eu falarei pra que não tenhas comiserações,
não sinta nada( sepulcral amor, porque eu sinto dor)
porque é pra sangrar.
Procurarei o que eu nunca encontro, o que eu sempre acho, o que eu nunca sou.
Eu mergulharei no meu oceano repleto de palavras, dos seus poemas, de
blues e soul.
Simularei um sorriso pérfido.
Veja os meus dentes não meu coração.
Eu sentarei na relva próxima a um abismo.
Vou calada fruir minha solidão.
Atribulações aquele homem que fez-me chorar.
Serei a causa de suas desditas.
O teu infinito, o teu imortal pouco perdurará.
Revelarei aos quatro cantos teus malogros.
Pertubarei teus sonhos belos como um fantasma a assombrar-te.
Não vás dormir!
Transformarei o seu azul claro em um roxo desbotado, seu verso sussurro
em um verso gritado, sua aventura "holywoodiana" em um dramalhão mexicano, sua armadura de aço e ouro em um traje roto de papel e pano.
Infundado...foi querer brincar(me atormentar).Foi pra usurpar.Quis
brincar de amor.
Imbecil... veja só você(quando então me vê).Braço a torcer. Estado de
pavor.
Não esperavas!
Sou uma tigresa.Ave fênix...renasci das cinzas.Vim buscar os sonhos que
jurastes preservar.Nem engavetado...encontrei num lixo como algo
descartável que acabara de usar.
Tuas lindas cartas.Olhe nossas fotos.Olhe nossa cama.Olhe nossas
histórias.Olhe minha desdém.
Irei colocar tudo em um caixão ou irei queimar ou jogarei num lixo. Sua
velha trama de amor, destino.As Suas juras falsas. A Sua falsa paixão.
Agora um humor negro vem pra alegrar.
Estava enjoada do seu humor careta, de suas piadas pobres, do seu
linguajar.
Não esperavas!
Como pode ser tão mentiroso.Ser tão presunçoso.
Aqui estou pra dizer-te enfim... que seu momento cessa e o meu recomeça, o meu renascendo e o seu em breve fim.
Bridarei o seu dicionário.As palavras ambíguas que ousou dizer. Agora é
duplo sentido. Agora é reprimir. Agora é sempre vás estremecer.
Estremeces de medo.Estremece de ódio.Pensava ser superior.
A sua amada sempre calada com toda ira se rebelou.
Ainda estou rábida.
Ainda estou fula.
Estou mesmo é "puta".
Ainda quero quero sangrar.
Ainda esse cheiro.
Ainda o desejo.
Ah! como eu desejo...
Te veres rastejar!
Irei colocar suas lembranças em um caixão ou irei queimar.
Jogarei em um lixo sua velha trama de amor, destino.
As suas juras falsas. A sua falsa paixão.
Tirei você do trono onde reinavas.
Na sua democracia, fora um ditador.
Hoje a sua amada sempre calada com toda ira se rebelou.
Viajarei até o céu que tenho, tem poucas coisas mas tem o temor.
Eu acharei o medo daquele fraco.
O brilho fácil, o choro falso, o meu rancor.
Ocultarei minhas repulsas.Não assistirei você assim.
Eu não prostrarei. não suplicarei o teu socorro, amparo, seu conforto,
consolo; amor pra mim.
Lembrarei de minhas tolices.
Pressunha saber amar.
Eu magoarei quem me magoou.
hoje o rancor veio assenhorear.
10 a 13 de outubro de 2003.
fabiano20amorym@yahoo.com.br