Para onde vai nosso dinheiro,
Somente para garantir o pardieiro.
O social fica a deriva no gazeteiro,
Nós somos grande parceiro.
Somente por não sermos brasileiro,
Pagamos tudo para receber.
Mas nunca nada vamos ter,
Mesmo num momento derradeiro.
Quem mata mesmo e o dinheiro,
Por ser difícil de ganhar.
Com ele querem explorar,
O pobre melindrado brasileiro.
Somo pobre e pontual,
Ninguém pode falar mal.
Isso quem só pode dizer,
Aquele que vem recolher.
Quem representa o povo,
Nem o grito ouve de novo.
Chora o rico, chora o pobre,
Num instante tudo se encobre.
Florianópolis, 19 de fevereiro de 2005.
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