Os destinos se cruzam num ato qualquer
E o acaso faz presente o que antes não havia
Algo novo surge, tão lindo e estranho
Mas o receio o torna sempre discreto
Um dos destinos estava flébil e lânguido
Vazio na alma e cinza na vida
Buscando prazer na carne moribunda
Em atos boçais, sem razão de o fazer
Já o outro mergulhava em confusões e dúvidas
Perguntando a si mesmo, o que é viver?
E no fundo da emoção a resposta encontrou
No entanto, o segredo se faz ardente
E num olhar penetrante o silêncio fulgura
E num sorriso tímido os corações aceleram
E num sussurrar trêmulo a emoção aflora
E num toque suave há o arrepio prestante
Há a questão real do saber folclórico
Há o possível dizer negativo, sim possível!
Há a vaidade dos seres, sim a vaidade!
Há a felicidade a bater na porta, sim há!
As lágrimas podem cair e salgar os lábios
Numa demonstração tardia de reciprocidade
Pois, o tempo passa, e passa, e passa...
E o que era presente se torna lembrança
Dois destinos se cruzaram por acaso
Duas almas aguardam a resposta do sentimento
Duas respostas podem ser ditas
Dois destinos, uma poesia.
Por: Alan Daniel de Brito Mello
Data de criação: 10/10/2008
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