Sentei-me, dessa vez à escrivaninha
(e não à mesa como quase sempre costumo fazer)
imaginando desta feita dá assistência
ao chamado de apenas um poema,
mas acabei escrevendo,
como se estivesse atarrachando parafusos,
uma renca deles,
(todos eles variações sobre o mesmo tema)
haja vista que quando os ditos cujos
me viram atendendo ao chamado
do poema seu vizinho e companheiro
se puseram também a me chamar:
"Lindomar...Lindomar... Lindomar..."
E não tem poeta, em seu juízo imperfeito
(só os poetas pseudos são 100% ajuizados)
que se recuse a amolecer os ouvidos
e a entregar os seus dedos a semelhantes apelos
José Lindomar Cabral da Costa
joselindomarcabraldacosta@yahoo.com.br
16/04/08