... apesar de os pesares, em geral,
haverem se tornado perenes
e às veses, não raro, pesarem
como se fossem de chumbo
e de eu haver recusado
definitiva e irreversivelmente o mundo
por este, de fato, não ter dado certo:
e deu errado injustamente porque os larápios,
os cornos, os filhos da puta,
os hematófagos, os formadores de quadrilhas,
etc., etc., etc. dos políticos,
desde o início, o administraram
(administram e continuarão infelizmente
administrando) de maneira que o dito cujo
acabou sendo definitivamente
transformado no primeiríssimo círculo
do inferno; não obstante, sou feliz
porquanto a felicidade, para mim,
é um estado independente de espírito
ao qual têm acesso, geralmente, apenas aqueles
que, como eu, digamos assim,
além de O Senhor os considerar ovelhas
obviamente listradas do seu inviolável aprisco,
além disso, que já fornece motivo
mais do que sobejante para que nada
- inclusive e principalmente a felicidade –
chegue jamais a lhes faltar, sim, leitor,
como se isso já não fosse o bastante
para vivermos sorrindo à toa,
e, deveras, sorrimos facilmente mesmo
quando não estamos sendo explícita
e intimidativamente filmados pelos meganhas
da polícia política, pois deixamos de representar
uma questão para Shakespeare resolver,
quer dizer, nos tornamos seres humanos autênticos,
temidos, vigiados e filmados pelo Medo,
e tão completamente não reptilizados
e íntimos do Assopro
que se herda de Adão, que a santidade trafega
alegre e livremente em nosso valente coração
de dragão, dragão branco, é óbvio,
dragão de Jesus Cristo, de maneira
que podemos até mesmo ser chamados de São
- São José
Por José Lindomar Cabral da Costa
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