Eu venho de tempos remotos,
Onde o mar se fez estrelas
E cada estrela tornou-se rio.
Venho de caminhos escondidos,
Veredas circulantes,
Entrecortando sonhos,
rebuscando verdades,
Alma em céu aberto.
Venho de luz e de sol,
Noite e luar.
Venho de campos verdejantes,
de cada relva brotante.
Venho de cada bicho,
De cada flor,
da ânsia de viver,
De ser e de querer.
Venho em plena solidão,
Cercada por uma ultidão
Que me vê e me ignora.
E venho só, lutando,
Eu venho.
Por: Lice Soares
otelicesoares@yahoo.com.br
Data de criação: Out/2008