CANTO I
As noites passam tão devagar,
Nestes dias tão sombrios em que meu desejo é reprimido.
Vejo as estrelas cintilantes lá ao longe no plano escuro do céu.
A brisa trazendo ao olfato do meu organismo o cheiro do teu perfume.
Que acontece contigo ó menina formosa, que não me observa?
CANTO II
E agora o que faço com este desejo?
Não sei se o ignoro e busco outra diva pra me amar.
Que farei, que farei, que farei?
Pergunto eu já desesperado com medo de te perder.
CANTO III
As águas correm cristalinas para desembocar no mar,
As trevas já se despedem para dar à luz o lugar,
O som eufônico já invade o silêncio enfadonho.
E tu, onde estás? Por onde andas?
CANTO IV
Não sou poeta, não sou escritor
Não sei ler, nem escrever coisa alguma
Não sou doutor, nem professor.
Sou um peregrino à busca de teu amor.
CANTO V
Vou contra os eventos alísios,
Vou contra a forte corrente do oceano,
Contra as armas das guerras que nos separa.
Mas onde estás?
Por que de maneira tão rude e arrogante trata-me com menoscabo?
E você, caro leitor, o que dizes?
Porventura nunca fora tomado por loucura igual?
(risos) Coitado de ti! Só tem amor socrático.
Já tive, meu bom amigo!
CANTO V
A noite já se aproxima com suas vestes cor de negro,
A sombra toma o espaço da luz reluzente,
As águas plácidas se contatam com a bruma do momento negro,
As flores noturnas dão boas vindas à dama de preto,
E o silêncio funesto da dança dos mortos invade o espaço.
ronyere-dp@hotmail.com
10/01/2011