Você de dezoito, drogado ou drogada,
Porrada, ira, uma raiva incontrolada,
Mas a mãe, toda preocupada,
Salva o filho, que cede ao amor,
No seu intimo, o maior calor,
É muita raiva, é muita dor,
Mas a vida é assim, o galho de espinhos termina em flor,
Homem certinho que veio do trabalho,
Ponte que partiu e a rima do alho,
Você é um numero, um verdadeiro paspalho,
Nem se deu conta do que aconteceu,
Com certeza se deu mal, à rima com Tadeu,
Seu mundo não caiu, na verdade cedeu,
Mas isso não é nada, de toda ação,
Você se esforçou, como bobalhão,
Essa matemática termina em depressão.
No mundo das empresas, nada é verdade,
Consumo, vendas, não tem piedade,
A vida te mostra a realidade,
Muita concorrência, muita maldade,
Na casa do senhor, uma procura incessante,
A verdade, a fé, coisa interessante,
Estude, aprenda ou então cante,
Amigo ou inimigo quem se importa,
A vida é direita, a vida é torta,
Faça uma escolha, abra a porta.
A dona de casa tenta se manter
Casada, amada, todo amanhecer.
Lava, passa, não se cansa de dizer,
O que vai ser do meu filho quando crescer,
O tempo passa, a idade avança,
Fica velha não tem mais trança,
Como todas mães, tem sempre esperança,
Amor, trabalho e dedicação,
Não percebe que o tempo: não para não,
Algumas conhecem, a dor da traição,
Entre a cruz e a espada, à maldita solidão.
A menina não sabia, que viver é complicado,
Coisa de louco, maluco ou adoidado,
Do rico, do pobre e também do coitado,
Sentia-se sozinha como abandonado,
Sem mãe sem pai, de mundo virado,
Mas como a bola, o mundo gira,
Se você não aceita: Pira,
Tem quem põe, tem quem tira.
80 anos, com experiência,
Não percebe, mas tem consciência,
Quem é do bem, tem essência,
E o mal engana com aparência.
Semi-internado, tratado com carinho,
Procurando resposta, um estranho no ninho,
Socorro ajude, me mostre o caminho,
Sou homem, criança, como um passarinho,
Preso na gaiola, penso em fugir,
Sinto-me uma bomba, vou explodir,
Desejo de ficar, vontade de sair,
Coragem, vontade, preciso me expressar,
Discuto, pergunto, tento não mudar,
Sou problema, o tema, eles vão me consertar,
Comparo-me a uma máquina, mas não quero quebrar.
Em todos os casos, ninguém se deu conta,
Tem gente que faz, tem gente que apronta,
Um se ajoelha outro afronta,
Mas quem se importa, se não é dos seus,
Você esta fora, não é dos meus,
Em baixo ou em cima quem manda é DEUS.
Se você acredita, fique sossegado.
Faça, ajude, seja um empenhado,
Assim no final, estará curado.
Nada é seu, nada é meu,
Assim é a amizade de quem se conheceu,
No final a palavra: VALEU.
Maio de 2006
perrengus@yahoo.com.br