E, sem saber o que erramos, seguimos
E não somos mais os mesmos
Circunstâncias evidenciaram o câncer
Dum amor tão perfeito
Duma coisa tão certa e feliz
O poder faltou e o controle sumiu
Eu, agora, consigo ver teus erros
E os meus se tornaram tão graves
Eu decaí, mesmo melhorando
E mais uma vez o Egoísmo me maltrata
A natureza humana é podre
A carne viva e a alma acorrentada a seus pés
Por isso entrego meu amor, tão perfeito, ao acaso
E procuro não mais me decepcionar
Pura bobagem
Ainda vou amar e sofrer igual
Mas errando, eu queria só um dia acertar
Não no amor ideal, mas na vida conformada
Pois sabendo o que é o amor
E que ninguém pode corresponder
Vivo a certeza do desejo utópico
Duma sobrevida tão insignificante
Com uma ardência negra e torpe
Sem sentido, sem ciclo, sem essência
Sem esperança
Sem fim...
flamarion1983@hotmail.com
18 de novembro de 2006