Não, vós não ides de encontro ao verdugo em pêlo de guardião.
Não, porque, se fôsseis, não aceitaríeis do novo mestre dos Sortilégios comer a maçã do esmaecimento.
Sim, pois sabeis que Ela vos anula a força necessária para as pugnas
Contra os ditos Todo-Poderosos Senhores do Magno cercamento,
Onde moramos nós, os prisioneiros da esquizofrenia e curdos
Da libertária consciência, que permanece imutável no fito
De se pôr á nossa espera, ainda que possamos depreendê-la
Tão-somente ao se obliterar a última centelha da suma vela
Qual em nós vitaliciamente ardeja.
Posto que arda deverasmente enferma: quase mesmo em réstia
De fogueira!
Pra meu dissabor, descobri a vossa verdadeira identidade.
Sede, na verdade, uma célula de boa aparência, que trazeis
Convosco um vírus malsão que infecta as sadias, espalhando
A bruma da bile e da ira, que, ao mundo jugando, abiogeniza.
Não, não me tenhais na conta de mais uma presa, um tolo.
Não, sei que verdadeiramente sois um pernicioso sapo-camaleão.
Sei que pulais de veio em veio consoante a conveniência dos
Vossos sopeiros patrões. Sei, em razão disso, revesti-vos da Trama andrajosa e da fala da guerreira legião para liquefazerdes
E dirimirdes com a urina a visão da justiça das batalhas empreendidas contra os grãos-mestres da rapina, sobretudo aos Olhos daqueles que crêem, mesmo ainda inconscientes, que um Dia o oceânico magma da igualdade nos afogará plenamente:
Sim, o quão eu sei.
barbosia@zipmail.com.br
05/10/006