Teu poema intitulado DELICADEZA
fez-me flutuar
de tão suave, leve e insustentável
que até parece ter alcançado
tuas antenas vindo diretamente
do sonho de um passarinho
perterncente ao mundo inusitado
e mágico da escrita
como o melro azul
que nunca pára de cantar
"nos ramos da neve"
daquele maravilhoso poema
do Eugênio de Andrade
enquanto lá fora, no mundo
da realidade propriamente dita,
o bovino tempo se diverte
mugindo... dando coices...
pastando, remoendo as horas...
os textos... os acontecimentos...
as estações... como o boi pasta
e remoe a erva do campo...
Sim, concordo contigo
meu inspirado amigo, meu irmão
e poeta Sigmar Montemor:
"Não basta olhar
tem que ver a beleza...
Não basta amar
tem que ter delicadeza"...
joselindomarcabraldacosta@yahoo.com.br