Mário Osny Rosa
Da ética a poesia
Do pensamento a razão.
Tudo é uma porfia
Na medida da criação.
Lá do seu imaginário
Salta o Saci-Pererê.
Com todo o corolário
Qual seria sua mercê.
Dessa ética a sua métrica
Da rima a sua sina.
Sem perder na estratosférica
Essa é a grande mina.
Poesia é como magia
O mago e sua cartola.
O poeta e seus versos
Ninguém os ignora.
Poeta que se dedica
Tem logo o privilegio.
Em tudo que ele medita
Não pode ser sacrilégio.
Quando escreve o momento
Daquilo que lhe importuna.
Fazendo um saneamento
Por força de uma tortura.
Quando escreve sobre o amor
De um momento importante.
Por ter visto aquela bela flor
Com um firme semblante.
Quando escreve sobre a dor
Mesmo que não a sentiu.
Do doente sentiu o calor
No sentido ele a previu.
Quando escreve prevendo
Logo aquele desespero.
De um amigo sofrendo
Fica logo no entrevero.
Nessa vida de poeta
Do pensamento a escrita.
Na sua mente só resta
Se um dia ele edita.
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São José/SC, 1° de março de 2.007