Não sou porta-voz de causa alguma,
exceto das perdidas
uma vez que a derrota, embora pareça demorar,
é certa e de súbito nos dará os ares
de sua sinistra e endemoninhada desgraça:
eles vão mesmo vencer
realizando o sonho satanista
e illuminati de Ninrode
pois o que é a NOVA ORDEM MUNDIAL
senão a previamente anunciada
implementação de um poder global unificado
cuja forma de governo
será uma espécie de teocracia nazista
muito pior do que a que aquele Rothschild bastardo,
o tal de Hitler, encabeçou, pior porque
seu místico - o reptiliano, o illuminati - Legislador
se comportará como se fosse um deus todo poderoso
e exigirá da humanidade adoração irrestrita,
obediência absoluta e sangue, muito sangue
para os banquetes e sacrifícios em homenagem
aos seus deuses hematófagos, escamosos
e completamente inimigos do homem
por inveja, devido ao espírito, ou se preferem
ao assopro que a nossa espécie herdou de Adão...
Então, amigos, tenho em relação ao futuro
todos os pessimismos com que este desde
a antiga Babilônia nos acena com sua negra bandeira
abrasanada por muitos ossos e uma caveira,
e não me alimento de nenhuma ilusão
quanto ao melhoramento dos dias hão de vir
que estão vindo, maus e traiçoeiros
como um ladrão na noite eterna dessa era diabólica
que engoliu o século vinte e não morreu empansinada...
A humanidade será, meu Deus, microchipada
e controlada remotamente por satélites que a atormentarão
diuturnamente: o Projeto Mondex da Motorola
está aí para que não se diga que estou a mentir...
A Conspiração existe e EU OUSO DENUNCIÁ-LA;
as paredes repugnantes do seu abominável e metafórico
Aquário quase indestrutível ( ''quase'' porque nada é impossível
para o Deus que é meu Amigo)
estão sendo rapidamente erguidas
não com vidro
mas com Leis perversas e Decretos ignóbeis que não tolerarão
nenhuma forma de oposição ou resistência...
Nós - os fora do transe - estamos sós em meio a hipnose
profunda e geral da grande multidão dos vencidos...
É galática a dimensão da espessa escuridão
desse abominável e noturno século XXI,
e a solidão social dos povos levados como gado
ao matadouro enche-me de indignação e recuso-me
a andar mental e cardiacamente na mesma direção
da manada...
Eu não sou nada, mas não sirvo de arquibancada
pra ninguém, e sei jogar os dados do meu jeito,
jogo limpo sempre e continuamente
contra a arquibancada onde estão sentados,
nus e miseráveis,
aqueles que se consideram reis e empurram
as massas que eles mesmos desorganizaram
para um buraco escuro, para um sem-futuro
em que estas serão recepcionadas
por nenhum emprego e zero comida...
Por isso não se espere que eu desperdice
as energias que me custaram tão caro obter
defendendo discursos que não foram desflorados
pela minha mente, porque pra mim todos os políticos
juízes, desembargadores e polícias
do mundo inteiro são calhordas, Calheiros, se chamam Renan,
a menos que algum deles se atreva a cair em desgraça
e nos prove o contrário...
Não, amigos, eu vos amo, mas não me filio
a vossos partidos,
pois os vossos candidatos preferidos
eu os vejo ocos e murídeos
como aqueles santinhos de pau mole
ou madeira pulverulenta
por meio dos quais os "Josés de Anchietas"
contrabandearam para o vaticano
quase todos os nossos tesouros...
Voto nulo...
Sei que agindo assim não vou mudar o rumo
das eleições, mas é importante para esse endurecido
e terno indivíduo que se chama Lindomar
não entregar a eles - aos piores - a única coisa minha
sobre a qual os ditos e satanistas cujos jamais terão
controle - o meu consentimento...
Sou moralista tanto por defeito de nascença
quanto por opção...
Num três por quatro, retrato-me assim:
uma matraca bem-dotada, ou seja portadora
de língua de pau e palato de pedra:
vibra o endurecido pedaço de madeira
e bate replicante no referido
e desestrelado céu rochoso dentro da boca
e libera o som duro, enxuto e penetrante:
sim-sim, não-não, sim-sim, não-não
o seco poema do homem indomável e intransigente
que dá da derrota o seu testemunho....
Sim, minha poesia é um grego, leia-se trágico,
triste, comovente e humorado
testemunho à derrota....
Contudo, sou porta
a porta das minhas vozes...
Tenho dito, e redito
e hei de continuar matraqueando,
dizendo e redizendo até ao infinito:
Muitas batalhas ainda hei de perder,
porém de todas elas emergirei
mais valente, não-rendido,
não me dando por vencido e cheio de paz...
2007
joselindomarcabraldacosta@yahoo.com.br