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Não Tive a Infância Perdida - de Antonio Gaia |
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Meninos chamam: pipa, curica, cangula, rabiola e papagaio Linhas na palma da mão, nos tubos, nas latas e carretéis, Sorrindo, correm com varas nas pontes, ruas piçarrentas e quelhas, Perigos enfrentam nas cercas de acapú, armações, lajes, ruas, avenidas Espinhos de açacu em terrenos de casas velhas. Colorido e mais lindo símbolo infante de nossas vidas, Soca vidros, ferve a goma, mistura e remexe, Rodeiam postes, vareia a linha, passa cerol pra ter bom laço, Bom trabalho; Virou o Geral! Lá vai! Corte na mão! Satisfação. Triângulo, linha reta, aposta; arrumam petecas, Colombiana, balão bonito, esfera de aço, Palmo em cima, do bem do mau, Por vez tecando em nossos regaços, Vida em círculos a planejar, Fura-fura vamos jogar, Assassinos estão a brincar, Tirou o fino! Tá sem saída! Sempre é assim no inicio da vida Meia lua, lua e estrela, De um e dois quadros arrumados, É do tijolo Pedras de cacos, Pedras lançadas, vamos pular, E de macaca sempre a brincar. Pega-pega escolhe o pegador; Só se salva batendo ao pique De congelar ou de agachar. Palito de fósforo vira foguete e voa no ar Foguetinhos e estalinhas; Bomba explode para alegrar! Dobra papel, vira barquinho, espoca ovo, chapéu de soldado para marchar *Pira-se-esconde Quem é a mãe? Meninos e meninas contam até cem, É desse jeito que vou brincar; Tu te escondes eu vou te achar. Vento da palma da mão vira figurinhas Na minha rua linda menina Me vê chagar com a bandeirinha.
perito1@r7.com 2009 |
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