Eu vou esculpir um príncipe sem encanto
no íntimo da minha alma,
e vou encantá-lo para dar a você.
Te darei a prova cabal de que mereço
a linha reta do teu querer.
Vou solicitar audiência com a Esfinge do teu eu,
e provar a ela que o meu amanha evolutivo é teu.
Vou debater tuas opiniões com Vênus de Libra,
questionar tua fibra
e dizer que te quero por que você me equilibra.
Faço o que for preciso, quebro o espelho de narciso,
para que só o teu olhar reflita o quanto eu te preciso.
Pois eu sou o teu acaso indeciso,
e você, o meu altruísmo escondido e conciso,
que desenha a minha paz, estando ou não no paraíso.
rodrigonovalchadepoesia@hotmail.com
Setembro de 2012