Você tem lábios misteriosos de lichia,
Que perfumam o pomar da poesia!
Quando eles estão em plena prosa...
Ficam com a cor rosa maravilhosa!
Quando eles pressentem algo ruim...
Ficam carnudos com a cor carmim!
Quando eles tão tristes e fora do tom...
Ficam com a séria cor marrom!
Porém quando eles estão em alegria...
Tornam-se lábios da forma da lichia!
Eu pensava que eles fossem lábios de ameixa...
Como os lábios da discreta e calada gueixa!
Eu achava que eles fossem lábios de morango...
Ao som de um eterno e sensual tango!
Eu achava que eles fossem lábios de cereja...
Quando no escuro, a vela ficava acesa!
Porém depois daquele beijo...
Ao som do doce realejo!
Notei que eram lábios de lichia...
Repletos de sabor e harmonia!
Estes lábios suculentos...
Têm beijos lentos!
Por dentro, há aroma de patchouli...
E por fora, têm a cor forte do rubi...
Mas, no fundo, são lábios de lichia...
Repletos de emoção e fantasia...
No exterior são de rubi, por dentro são de marfim...
Seus sabores diferentes tiram um espírito ruim!
Estes lábios são frementes e ardentes...
Como as doces lichias do oriente!
Você tem lábios misteriosos de lichia,
Que perfumam o pomar da poesia.
Luciana do Rocio Mallon
corepoesia@yahoo.com.br
20 de janeiro de 2010