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Desempregado - de César Bernardo |
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Existindo quase morto por ruas Inteiramente mortas, já não comove. Ninguém, tem lembranças suas É um corpo esquecido que morre. Jaz quieto num canto escuro Sem nenhum interesse pela vida. Fez-se lixo, ambulante sem futuro Onde está o passado, cadê ânimo para a lida? Quando era vivo não tinha planos Foi o tempo que lhe trouxe desenganos Agora a aparência não lhe ajuda, é sem encantos. Todas as ruas tomaram os seus sonhos Tomou-se desta modernidade fatal Inexiste e já nem chora, delira e dorme.. afinal! cesarbernardosouza@bol.com.br Macapá, 98 |
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