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Perder-se - de Elton Diniz Pacheco |
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Destino sem baliza, vida sem morada, a janela da oportunidade apresenta-se fechada. Beco sem saida, em uma existência arriscada, a alegria já encontra-se adormecendo debruçada. Ânimo desfalecido, pernas fraquejadas, se a vida nega-me, a morte já é esperada. Situação incômoda, angústia desenfreada, se minha presença tornou-se um estorvo, então regurgite esta companhia indesejada. A um coração ignóbil, palavras, em vão são lançadas; perdão, resignação, nada cura a alma dilacerada. Entretanto, apesar dos pesares, não me furtarei do prazer de na minha lápide, exprimir-me por escrito que: aqui, eu jazo. Contudo, fui um homem em que a volúpia foi o meu bom vício; a paz, o meu princípio; e, viver, foi só amar.
18/05/2004 eltonzuza@hotmail.com |
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