Vinte anos. Vem aurora da minha vida
Complexa e vidente à solidão
Ainda não os tenho, vinte anos!
Mas já eflúvio o grande sermão.
Pouco a pouco esvaeço
Sim, peço perdão
A escuridão não faz mais sentido
Meu alicerce agora é a razão
Sou materialista por gostar de conforto
O trabalho? Esse não me atrai não
Só o pão não me satisfaz mais
Quero a carne primeiro, para depois pensar no coração
Gosto de escrever em quartetos...
Arcaico? Talvez.
Gosto do passado e aturo o presente
Gosto de sonetos. Derrepente, não mais que derrepente....
Vinte anos. Vem aurora da minha vida
Complexa e vidente à solidão
Ainda não os tenho, vinte anos!
Mas já eflúvio o grande sermão.
Aprecio as rimas em escala padrão
Aprecio os versinhos inocentes das crianças
Admiro o amor entre opostos,
Mesmo que a resposta seja não.
Gosto da beleza das mulheres
Gosto de te-las em meus braços.
Não por ser pervertido vaidoso
E sim, por pura contemplação no tempo - espaço
Vinte anos: a idade da confusão,
Ainda novo para a vida...
Ainda tenho toda ela para percorrer
As dúvidas surgem, e surgem, surgem...
Não, vinte anos, oh não!!!
Vinte anos. Vem aurora da minha vida
Complexa e vidente à solidão
Ainda não os tenho, vinte anos!
Mas já eflúvio o grande sermão.
alanbrito@bol.com.br
15/05/2008