O sangue derramado nas calçadas,
dos inocentes que iam no trem, para o trabalho,
não será em vão.
Se todos os madrilhenos
reagirem com lucidez, esperança, valentia.
Não chorem por ti Madri.
Deixe que o poeta derrame suas lágrimas,
até atingir a alma torpe dos covardes
que matam sem sentido
porque vivem o mundo escuro,
moralmente apodrecido.
É hora de reagir contra o medo, a dor.
Contra aqueles que fazem guerras
e deixam que inocentes
paguem o preço de suas loucuras.
Só a paz transformará o mundo em um lugar
onde todos possam viver em paz,
onde o rancor será ultrapassado.
E este lugar só existirá onde houver o amor,
a poesia que nos trouxe até aqui.
Portanto, não chorem por ti Madri.
Deixem as lágrimas do poeta
limpar o sangue derramado injustamente
por tantos inocentes,
porque ele carrega a paz nas palavras,
onde as torpes mentes dos covardes
jamais conseguirão atingir.
Trecho do Livro O Poeta.com
Autor: Ladisael Bernardo