Eu procurei o computador
para que o mesmo procurasse
e depois compusesse o melhor
poema de amor do mundo.
Navegou por todos os livros,
buscou encontrar definições,
em épocas diferentes,
em todos as línguas,
em todos os continentes.
Até que, selecionados os poemas,
o computador ficou silente.
Não conseguiu fazer um poema de amor.

Instruído para pesquisar músicas,
e encontrar o melhor tema de amor,
o computador adentrou em todas
as portes possíveis do terra.
Navegou por estilos múltiplos,
encontrou canções preciosas,
belas, músicas eternos,
letras ímpares.
Porém, quando acionado,
para compor uma música
que representasse o melhor do amor,
o computar ficou silente.
Não conseguiu fazer uma música de amor.

Acionado outra vez para fazer um romance
que representasse o melhor do amor no mundo,
o computador buscou em todos as bibliotecas,
em todos as partes da terra, obras consagradas,
desconhecidas, grandes e pequenas,
de tempos diferenciados, de épocas distantes,
de línguas diversos, de povos diferentes.
Cruzou todos as informações disponíveis.
Porém, o computador ficou silente.
Não conseguiu fazer uma história de amor.

Por derradeiro, foi instruído o computador
a realizar a síntese de um filme de amor
que superasse lodos os anteriores.
Buscou nos meandros da cinematografia
temas lindíssimos, fatos e formas complexas,
histórias e romances premiados.
Pesquisou filmes de sucesso,
premiados, elogiados.
Juntou óperas filmadas, dramas imorredouros.
Até que o computador ficou silente.
Não conseguiu realizar um filme de amor,
que superasse os anteriores.

Foi quando descobri que a missão,
tão simples, para um computador, tornou-se
difícil.
Quase impossível.
O computar não tem emoção.
Não tem paixão.
Não sabe o que é o amor.
Não consegue adentrar nos olhos de uma pessoa,
lá descobrir a eletricidade contida no vibração,
que só os seres humanos possuem...
e sempre possuirão em relação ao amor.