As forças gravitacionais,
centraram-se em inúmeras galáxias,
e o infinito,
súbito,
confundiu-se com o finito.
A harmonia expande-se,
revelando a força
que eu pressenti
ser divina.
E, na imensidão cósmica,
o tempo,
meu,
transformou-se,
perdendo-se,
indo e vindo,
passando,
passando, ficando.
A luz caminhando célere,
criando, metarmofoseando-se,
nos campos magnéticos,
onde a matéria vive,
e o espírito paira
na luz celestial,
e a luz, que deu vida,
revela-se, por inteira.
De infinito
ao infinitesimal,
eu busco entender,
de forma racional,
a verdade divina,
e a cada passo ou
palmo caminhado,
mistura-se, passado,
presente e futuro.
Um tempo de dúvidas.
Uma vida espiritual.
intensa, profunda,
uma viagem infinita.
Não encontro a forma,
presença ou
potência.
Sinto, entretanto,
a forca incomensurável,
a grandiosidade,
e tento
atingir a sublimação,
através da leveza espiritual,
que me conduzirá ao cosmo,
onde todos as forcas vivas
permitirão,
abençoarão
o encontro,
a busca
de Deus.
A viagem continua,
prolonga-se no infinito.
A vida galáctica, novo mundo,
um rumo, uma esperança
de compreensão.
No revelação, por instantes apenas,
senti a paz universal,
manifestando-se no plenitude
do espírito e da matéria.
Um Deus criador,
abrangente e lúcido,
divisando apenas uma sombra
tênue, singela e feliz,
para compreender a criação,
pelos humanos, pelos privilegiados,
de um complexo universo.
É quando percebo o tempo,
inerte e inexistente.
Sou a centelha
viajante e participante.
Da escuridão e dá luz,
do passado e do futuro.
Não há retorno,
portanto não existe o passado,
só futuro.
Não percebo a forma,
portanto tudo é completo,
cedo,
correto.
Não existe a morte,
nem dor
ou sofrimento,
No universo divino,
vi vários firmamentos,
e percebi a multiplicação constante
do criação.
Renova-se, cria-se,
em ritmos diversos,
pequenos e grandes universos,
o inexplicável,
o lógico,
confundem-se,
quasares, astros,
cometas, asteróides,
planetas, galáxias,
alternam-se,
mundos macros e micros.
É quando revela-se o Pai,
nas formas, nos vidas,
na luz,
na água,
no espírito,
único,
princípio.
Unanimidade.
Cosmogênese.
Fogo permanente,
aquecendo, transformando.
De repente,
como visão profética,
me vi em várias formas,
em muitas dimensões.
Revi a terra,
viva,
em épocas distantes.
Defrontei-me com a Cristogênese,
e compreendi:
ali,
a profundidade do palavra
Pai!
Vi os céus,
os vários planos,
miríades de vidas,
espalhadas por todos os cantos
do imenso universo.
Eis quando surge
uma pequeno revelação,
não sou uma partícula
perdida.
Sou uma vida,
com alma,
luz própria,
criada,
revelada,
multiplicada.
Um destino
traçado,
consciente.
Uma forma
evoluída,
construída!
Dirijo-me
ao infinito,
à eternidade.
Sou filho
de um Pai,
criador
de vidas.
Sou a matéria espiritual,
imorredoura!
Além das estrelas,
enc