Por que sofrem,
Esses moços velhos e esses velhos moços?
Estão enfastiados.
Andando de carros velozes.
Aviões supersônicos.
Bailam movidos a estimulantes.
Ficam afoitos.
Desesperados.
No mundo mais evoluído e confortável.
Na época onde tudo é possível...
Sofrem da abundância.
De tudo que sempre sobra.
Da comunicação fácil.
Do conhecimento vasto.
E da obra que não participaram...
Sofrem de dor na alma.
Porque não aprenderam a amar.
Sofrer.
Sonhar.
Por que sofrem desnecessariamente?
Falta-lhes concentração.
Meditação.
Talvez, um pouco de emoção.
Quiçá da banalização do conforto material.
E da carência do poder espiritual?
Não se sabe e jamais saberemos.
O por quê dos desencontros.
Dos anseios.
Dos remédios fáceis que pensam,
Curam tudo.
Ah! Jovens felizardos do tempo.
Se soubessem como é fácil a felicidade.
A realização dos seus sonhos,
Não estariam vagando pelo mundo,
Buscando ilusões passageiras.
Lutariam,
Correriam atrás de escopos diariamente,
Que pudessem construir um mundo bom.
De pensamentos coerentes.
De ideais pequenas ou grandes.
E encarariam os percalços,
Com determinação e altivez.
Depois,
Descobririam que o mundo é ótimo.
Com todos os erros humanos.
Com todos os defeitos possíveis.
Os moços velhos venceram,
Os jovens moços vencerão.
Basta deixar de lado, o pessimismo.
Buscar a maior utopia,
Chamado amor.
E com amor vencer todas as barreiras.
Sem ódio.
Rancor.
Amargura.
Basta um pouco de alegria no viver.
No pensamento.
Uma peque filosofia.
Um pequeno gesto de grandeza para si mesmo.
Ao acordar,
Abrir a janela para o mundo,
E ver a beleza de uma flor,
De um nascer do sol,
Dar um telefonema para a pessoa amada,
E tudo se reiniciar.
Trabalhar com vontade de vencer.
Amar, como se fosse tudo no mundo.
Certamente não sofreriam por viver.
Alegraria-se por viver.
No mundo atual.
Onde tudo é possível.
Onde tudo é incrível.
Onde tudo é livre.
Usar tudo que existe no mundo,
Para sua alegria prazer e conforto.
Não se deixar usar,
Por um mundo triste, escuro,
Sem alma.
Viver intensamente, o dia a dia.
Com prazer. Sonhos.
E saber, que depois de toda evolução,
Chegamos onde todos sempre sonharam.
Ao terceiro milênio.
Ao mundo integrado.
Em alma e espírito.
Em luz e vida.